Miss. Rodrygo Gonçalves

Vejam, o Senhor, o seu Deus, põe diante de vocês esta terra. Entrem na terra e tomem posse dela, conforme o Senhor, o Deus dos seus antepassados, lhes disse. Não tenham medo nem desanimem. Dt 1:21

segunda-feira, 25 de abril de 2011

AVENIDA CENTENÁRIO APROVADA POR UNANIMIDADE (Notícias)

O pastor Samuel Câmara, presidente da Assembleia de Deus em Belém, esteve na manhã desta terça-feira (05/04), na Câmara Municipal de Belém para agradecer aos vereadores pela aprovação unânime do projeto de Lei, que dá nome de Avenida Centenário à inicialmente denominada Avenida Dalcidio Jurandir – que liga as avenidas Júlio Cesar e Augusto Montenegro. O ato ressalta a grande importância da história da Assembleia de Deus – nascida em Belém do Pará – e que neste ano completa 100 anos.

Na ocasião, o presidente da Câmara Municipal, Raimundo Castro, e o vereador Raul Batista enfatizaram aos presentes no plenário da Casa os serviços que a Igreja presta à cidade, através de suas inúmeras ações sociais.
Ao final da sessão, todos os vereadores de Belém receberam das mãos do pastor Samuel uma carta de agradecimento. O Centenário da Assembleia de Deus será realizado entre os dias 16 e 18 de junho deste ano. 

domingo, 17 de abril de 2011

Assembleia de Deus, 100 anos: caminhos e descaminhos para o pós-centenário (um estudo)


No jargão do futebol, quando um time completa cem anos, comemora-se o chamado “centenário”. Contudo, o que as torcidas rivais mais gostam é quando o time em questão, em pleno ano do centenário, não consegue nenhum título. Esses torcedores rivais passam então a usar um neologismo: “cente-nada!” A Assembleia de Deus está numa encruzilhada histórica: sua escolha definirá sua sobrevivência: centenário ou “cente-nada”?


Os descaminhos estão cada vez mais perigosos:

Descaminhos são atalhos da fé. A ideia perigosa de que caminhos mais curtos são sinais das bênçãos de um facilitador divino.
Descaminhos são espécies de tendências do mal: opções pelas rotas da facilidade, que permitem o “abraço de urso” na antiética duvidosa do “jeitinho”.
Descaminhos são opções dos que perderam o senso de que sem raízes profundas os frutos (se vierem) serão condenados à irrelevância.
Descaminhos são síndromes de Geazi: gente que, em nome das riquezas, engana e mente, esquecendo-se que Deus julga motivações do coração.
Quais são os principais descaminhos que a Assembleia de Deus deve evitar no perigoso pós-centenário?

I. A perda da identidade: o descaminho da demonização (Lc. 8. 30, 38, 39)
Uma coisa tem me preocupado sobremaneira como assembleiano: a Assembleia de Deus tem se transformado numa assembleia de deuses.
A enfermidade dos títulos, a paranoia das honras, tem assaltado corações. A ditadura da hereditariedade tem engessado alguns campos eclesiásticos, e a tendência é essa quimera crescer...
No texto de Lucas 8, há duas poderosas lições:

a) No versículo 30, Jesus pergunta o nome dos demônios que possuíam o Gadareno, contudo, não respondem com um nome, mas com uma função: legião, um destacamento do exército romano. Uma vocação militar. Um serviço.
Rubem Alves desenvolve uma ideia muito interessante: o diabo odeia o próprio nome. Na cultura judaica, o nome evoca as essências, os começos. Para o diabo, pensar em seu próprio nome é relembrar suas origens e consequente queda, portanto, ele odeia o nome. Por isso não responde com um nome, mas com uma função! Esconde-se atrás dos títulos. Na Bíblia, seu nome é sempre dito por terceiros, nunca por ele mesmo. Essa lição sinaliza um grave perigo: o de nos escondermos atrás de vocações. Se minha credencial valer mais do que minha identidade, abro um processo de demonização às vezes irreversível!
b) Nos versículos 38 e 39, o Gadareno, já liberto, implora a Jesus que o deixe segui-lo. Jesus recusa-se terminantemente. Jesus estava libertando-o completamente. É como se Jesus dissesse: “Não vou possuí-lo. Não vou trocar de lugar com os demônios. Vou libertá-lo para a intimidade dos seus”. A grande lição aqui é a que precisa ser redescoberta com urgência: não possuímos ninguém. O pastor não possui as ovelhas, ele as protege!

II. A tentação da mistura: o descaminho das contradições (Mc. 10. 17-23)

A Assembleia de Deus – aos cem anos – resolveu imitar o adolescente movimento neopentecostal. Estamos abraçando mediocridades: atos “proféticos”, quando deveríamos abraçar Atos dos apóstolos! Cantando mantrazinhos gospel de quinta categoria, quando temos em nossa história “os mais belos hinos e poesias” escritos na senda da “rude cruz”. Percebo uma Assembleia de Deus semelhante a um velho cansado encantado com o brinquedo tecnológico do neto.
O texto de Marcos 10, o “jovem rico", aponta para o perigoso descaminho da mistura: ele vai até Jesus com uma teologia pronta. Costumo brincar dizendo que o jovem rico era neopentecostal: religião demais, piedade de menos! “Bom Mestre”: a opção enganosa de seguir a Jesus pelos motivos errados: mestre ao invés de Senhor!
Esse jovem chegou até Jesus carregado de teologia pronta, e saiu de perto de Jesus com o peso de suas riquezas. A palavra aramaica para “riquezas” é Mamóm, que vem da mesma raiz da palavra amém! O dinheiro tem dito o “amém” na vida de muita gente nessa centenária igreja.

III. A doença do sucesso: o descaminho da falsa glória (Dn. 4. 29-34)

O sucesso é a droga mais consumida do século XXI. É o elixir dos delírios que faz brilhar os olhos dos pregadores adeptos da homilética do bombardeio. Sua composição básica é feita com as toxinas que inflam o ego. A Assembleia de Deus, que antes era a igreja do povo simples, está cada dia que passa, transformando-se numa igreja do sucesso, numa vitrine eclesiástica das celebridades instantâneas.
É a síndrome de Nabucodonosor, do texto de Daniel 4: a falsa glória. O excelso que desrespeita o efêmero. Quando a criação passa a ser adorada ao invés do Criador alimenta-se de doses monstruosas de falsa glória, entrando no caminho sem volta da overdose de glamour, caindo na tentação de viver num mundo sem Deus e numa igreja sem dono.
A Assembleia de Deus tem muito o que celebrar, mas tem muito mais a refletir. Afinal, os próximos cem anos, se o Senhor assim permitir, estão só começando. Como diz o slogan das comemorações: “pelos séculos dos séculos”.

Texto baseado na mensagem que preguei no simpósio de dirigentes da Assembleia de Deus, campo de Campinas.


Alan Brizotti

domingo, 10 de abril de 2011

Confira o discurso de Obama no Rio em português

"Alô, Rio de Janeiro. Alô, Cidade Maravilhosa. Boa tarde todo o povo brasileiro.
Desde o momento em que chegamos, o povo desta cidade tem mostrado a minha família o calor e receptividade de seu espírito. Obrigado. Quero agradecer a todos por estarem aqui, pois sei que há um jogo do Vasco ou do Botafogo. Eu sei que os brasileiros não abrem mão do futebol.
Uma das primeiras impressões que tive do Brasil veio de um filme que vi com minha mãe, "Orfeu Negro". Minha mãe jamais imaginaria que minha primeira viagem ao Brasil seria como presidente dos EUA. Vocês são mesmo um "país tropical abençoado por Deus e bonito por natureza".
Ontem tive um encontro com sua presidente Dilma Rousseff e hoje quero falar com vocês sobre as jornadas dos EUA e do Brasil, que são duas terras com abundantes riquezas naturais. Ambos os países já foram colônias e receberam imigrantes de todo mundo. Os EUA foram a 1ª nação a reconhecer a independência do Brasil. O primeiro líder brasileiro a visitar os EUA foi Dom Pedro II.
No Brasil, vocês lutaram contra a ditadura, lutando para serem ouvidos. Mas esses dias passaram. Hoje, o Brasil é um país onde os cidadãos podem escolher seus líderes e onde um garoto pobre de Pernambuco pode chegar ao posto mais elevado do país. Foi essa mudança que vimos na Cidade de Deus. Quero dar os parabéns ao prefeito e ao governador pelo seu excelente trabalho. Mas não se deve olhar para a favela com pena, mas como uma fonte de artista, presidentes, pessoas com soluções.
Vocês sabem que esta cidade não foi minha primeira escolha para os Jogos Olímpicos. Porém, se os jogos não pudessem ser realizados em Chicago, o Rio seria minha escolha. O Brasil sempre foi o "país do futuro", mas agora esse futuro está aqui.
Estou aqui para dizer que nós, nos EUA, não apenas observamos seus sucessos, mas torcemos por ele. Juntos, duas das maiores economias do mundo podem trazer crescimentos. Precisamos de um compromisso com a inovação e com a tecnologia.
Por isso, também, queremos ajudá-los a preparar o país para os jogos. Por isso somos países comprometidos com o meio ambiente. Por isso a metade dos carros daqui podem circular com biocombustível. E por isso estamos buscando o mesmo nos EUA, para tornar o mundo mais limpo para nossos filhos.
Sendo o Brasil e os EUA dois países que foram tão enriquecidos pela herança africana, temos que nos comprometer com a ajuda à África. Também estamos ajudando os japoneses hoje. Vocês, aqui no Brasil, receberam a maior imigração japonesa no mundo.
Os EUA e o Brasil são parceiros não apenas por laços de comércio e cultura, mas porque ambos acreditam no poder da democracia, porque nada pode ser tão poderoso para levar milhões de pessoas, que subiram da pobreza, para a classe média, o fizeram pela liberdade.
Vocês são a prova de que a democracia é a maior parceira do progresso humano. A democracia dá a maior esperança de que todos serão tratados com respeito. Nós sabemos, nos EUA, como é importante trabalhar juntos, mesmo quando não nos entendemos. Acreditamos que a democracia pode ser lenta e que ela vai sendo aperfeiçoada com o tempo. Mas também sabemos que todo ser humano quer ser livre, quer ser ouvido, quer viver sem medo ou discriminação. Todos querem moldar seu próprio destino. São direitos universais e devemos apoiá-los em toda parte.
Onde quer que a luz da liberdade seja acesa, o mundo se torna um lugar melhor. Esse é o exemplo do Brasil. Brasil, um país que prova que uma ditadura pode se tornar uma próspera democracia e que mostra que um grito por mudanças vindo das ruas pode mudar o mundo.
No passado, foi aqui fora, na Cinelândia, que políticos e artistas protestaram contra a ditadura. Uma das pessoas que protestaram foi presa e sabe o que é viver sem seus direitos mais básicos. Porém, ela também sabe o que é perseverar. Hoje ela é a sua presidente, Dilma Rousseff.
Sabemos que as pessoas antes de nós também enfrentaram desafios e isso une as nossas nações. Portanto, acreditamos que, com a força de vontade, podemos mudar nossos destinos. Obrigado. E que Deus abençoe nossas nações."
Fonte: Jornal do Brasil