Miss. Rodrygo Gonçalves

Vejam, o Senhor, o seu Deus, põe diante de vocês esta terra. Entrem na terra e tomem posse dela, conforme o Senhor, o Deus dos seus antepassados, lhes disse. Não tenham medo nem desanimem. Dt 1:21

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Como Interpretar e praticar a Bíblia Corretamente?


Parte da Igreja Evangélica não estuda a Bíblia como deveria. Por quê? As razões são varias. Rick Warren aponta pelo menos três:

Ø 1. As pessoas não sabem como estudar.
Ø 2. Elas não são motivadas.
Ø 3. Elas são preguiçosas – estudar a Bíblia é trabalho árduo, e não há atalho; é como qualquer outra coisa na vida que valha a pena! E, como a inconstância é uma das características de muitos brasileiros, o estudo da Bíblia fica para depois ou é realizado por razões e meios errados.

Como então estudar corretamente a Bíblia? Henrichsen sugere 4 partes vitais. Confira:
Ø Observação – que responde a pergunta: “Que Vejo”? Aqui o estudante da Bíblia aborda o texto como um detetive. Nenhum pormenor é sem importância; nenhuma pedra fica sem ser virada. Cada observação é cuidadosamente arrolada para consideração e comparações posteriores.

Ø Interpretação – que responde à pergunta: “Que significa?” Aqui o intérprete bombardeia o texto com perguntas como: “Que significa estes pormenores para as pessoas às quais foram dados?” (Por que o texto diz isto) “Qual é a principal ideia que ele está procurando comunicar?”.

Ø Correlação – que responde a pergunta: “Como isto se relaciona com o restante daquilo que a bíblia diz?” O Estudante da Bíblia deve fazer mais do que examinar somente passagens individuais. Deve coordenar o seu estudo como tudo mais que a Bíblia diz sobre o assunto. A precisa compreensão da Bíblia sobre qualquer assunto leva em conta tudo que a Bíblia diz sobre o assunto.

Ø Aplicação – que responde à pergunta: “Que significa para mim?” Esta é a meta dos outros três passos. Um especialista nessa área disse-o sucintamente: “Observação e interpretação sem aplicação é aborto” (...) A Bíblia é Deus falando. Sua Palavra exige resposta. Essa resposta tem de ser nada menos do que a obediência à vontade de Deus revelada.

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WARRER, Rick. 12 maneiras de estudar a Bíblia sozinho. São Paulo: Vida, 2003, pp. 12.
HENRICHSEN, Walter. A. Princípios de interpretação da Bíblia. São Paulo: Mundo Cristão, 1997, pp. 8, 9.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Sedução da Religião de Mercado


O pós-modernismo, o secularismo, o relativismo, e o pluralismo representam perigos tanto à propagação quanto à vivência autêntica da Palavra de Deus nesses dias turbulentos. Logo, a preocupação com as questões internas das próprias igrejas evangélicas não devem ser menor, muito menos desprezadas, como se não tivesse importância alguma.
É muito fácil relacionar vasta quantidade de ameaça interna que rondam a Igreja no Brasil. Os pressupostos dos referidos movimentos podem ser vistos em livros cristãos, jornais, revistas, programas de radio e televisão, etc., e o que é pior, no padrão de vida dos fiéis.
A própria igreja, em vários aspectos, tem seguido os pressupostos da sociedade pós-moderna. A pluralização, isto é, a expressão da liberdade de opção das pessoas frente à ilimitada oferta de produtos e ideias, faz cada vez mais adeptos entre o povo de Deus.
A privatização também tem galgado seu espaço, haja vista que preconiza que a criatura humana é livre para fazer o que bem entende. Outro perigo envolvendo a interpretação e aplicação bíblica é a sedução das cifras. E a mesma, de alguma forma, está ligada ao pluralismo.
O numericismo megalomaníaco parece ter se tornado uma prova cabal para legitimas o êxito da liderança e da igreja. Vale tudo para ter cifras: transforma culto em show, igreja em empresa, crente em cliente, sacerdócio em negócio, vocação em profissão, VERBO em verba, caráter em carisma... Não é sem motivo que Eugene Peterson em seu livro “Um pastor segundo o coração de Deus” compara muitos pastores a meros gerentes de lojas!
De fato, o vergonhoso mercado religioso do sensacionalismo, do imediatismo e consumo da fé tem ditado nossos conteúdos, redesenhado nossas motivações e metodologias e adulterado nossa pregação afastado-a da Palavra. O clima de competição/concorrência nas instituições eclesiásticas, diz o Dr. Zabatiero, favorece a mudança de motivação religiosa do povo.
Pr. Rodrygo Gonçalves
o   Chagas, José Roberto O. Curso de capacitação Teológica. Editora Kenosis, 2011
o   Souza, Luís Wésley. “Uma igreja sem o propósito da pureza e da santidade”. In: BARROS, Jorge H., op. Cit., p. 94.
o   Zabatiero, Júlio P. T “Novos desafios da leitura bíblica contemporânea”. In: Kohl, M.W & Barros, A. C, (orgs). Ministério pastoral trans formador. Londrina: Descoberta, 2006, p. 13.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Pará é o pior Estado em crimes de pedofilia, aponta CPI.


De 2004 a 2008, 688 menores de cinco anos de idade sofreram abusos no Estado.

Estado com alta incidência de crimes sexuais contra crianças e adolescentes, o Pará foi objeto de atenção especial da CPI da Pedofilia. Em visitas à região, os parlamentares colheram dados sobre pedofilia, e elaboraram recomendações ao governo paraense para combater melhor os crimes.
De acordo com estatísticas divulgadas pelo relatório final da comissão, os crimes de pedofilia estão disseminados por todos os 143 municípios paraenses. De 2004 a 2008, foram registrados 3.558 casos, dos quais 688 deles ocorreram com crianças com menos de cinco anos de idade. Em Belém, que teve 1.720 crianças vítimas desse tipo de crime, a impunidade é um problema grave – em 2008, apenas 9,5% dos casos geraram algum procedimento judicial.
De acordo com o presidente da CPI, o senador Magno Malta (PR-ES), entre os motivos da impunidade estão a conivência de autoridades, que fazem vista grossa para o crime, e o fato de que o abuso é considerado “normal”, por parte da população.
- Constatamos muitas autoridades envolvidas com abuso de crianças. É um dos Estados em que as pessoas acham que é natural abusar de crianças. (...). Por conta da navegação, crianças ribeirinhas são oferecidas pelas próprias famílias e por cafetões, sobem aos barcos para serem abusadas e voltam com um saco de sal, de arroz.
Entre os pedidos ao governo paraense estão o fortalecimento das polícias do Estado, a realização de estudos para medir o problema e a cooperação com secretarias municipais do interior para atender às vítimas, de modo que elas não tenham que se deslocar a Belém.

Entre as denúncias mais graves no Estado, está o caso do ex-deputado estadual Luiz Afonso Sefer, acusado de submeter uma criança de nove anos de idade a diversos abusos sexuais. A criança, hoje num programa de proteção a vítimas, disse que foi levada de uma cidade do interior paraense para a casa do deputado, onde ela afirma ter sido estuprada várias vezes. Condenado a 21 anos de prisão, Sefer negou os abusos em depoimento.

A CPI da Pedofilia aprovou nesta quinta-feira (16) o relatório final, com recomendações e pedidos de providências a diversas autoridades brasileiras para intensificar o combate a crimes sexuais contra crianças e adolescentes. O relatório do senador Demóstenes Torres (DEM-GO) foi aprovado por unanimidade em votação simbólica.
A comissão não pediu indiciamentos, pois, de acordo com Malta (PR-ES), durante o andamento da CPI já foi feito trabalho em conjunto com autoridades policiais que levou a prisões e confissões de criminosos.