Miss. Rodrygo Gonçalves

Vejam, o Senhor, o seu Deus, põe diante de vocês esta terra. Entrem na terra e tomem posse dela, conforme o Senhor, o Deus dos seus antepassados, lhes disse. Não tenham medo nem desanimem. Dt 1:21

quarta-feira, 31 de março de 2010

Qual é o nosso modelo de vida?




"E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade." Jo 1:14


Hoje nas igrejas, nas TVs, nas rádios, no nosso meio cristão, tem-nos sido apresentado um modelo de espiritualidade, que não tem nada a ver com o propósito original: a revelação de um homem, segundo a imagem e a semelhança do Altíssimo.

Vai dai que temos assistido uma coisa terrível e antagônica: quanto mais os caras querem se parecer com anjos, seres angelicais, levitar, negar a dor e o sofrimento próprios de ser-se gente, Deus ainda insiste num modelo mais perto de nós: um homem, só um homem, como vimos em Cristo:

* Alguém que comia quando tinha fome, bebia quando tinha sede (principalmente de relacionamento, de amigos, quando bebia vinho e partia o pão com eles!);

* Alguém que não se importava com o perigo, pois até houve quem se preocupasse por ele, como os dois no caminho de Emaús, insistindo para que entrasse com eles a ter de enfrentar a escuridão da noite. Hoje, não faltam "líderes cristãos" andando com guarda costas e até armas na cintura...

* Alguém que sentia a dor da solidão e pedia aos amigos que estivessem com ele nas horas mais diversas e não teve vergonha de confessar, na cruz, o quanto dói a separação;

* Alguém que, ferido, magoado, traído, não saia a destilar veneno contra os ofensores e traíras, nem tampouco evitava o contacto com gente, como fazemos hoje;

* Alguém que não ficou vermelho em cair no choro diante de muita gente - pessoas que o ouviam e a ele seguiam como líder - confessando e sentindo solidariamente a dor diante da perda de quem amamos, diante do túmulo de Lázaro (mesmo sabendo o que aconteceria dois minutos depois de chamá-lo para fora da tumba!);

* Alguém que se misturava com qualquer um - de publicanos, odiados pelo povão, à prostitutas, beberrões e pecadores. Só não tolerava religiosos que não viviam os valores do reino de Deus nem deixavam os outros o fazerem, cobrando regras e mais regras que "tinham ar de religiosidade, mas que não tinham valor algum contra o mal que vem de dentro". É preciso ressaltar também que, nem de longe fez conluios, conchavos ou barganhas com os caras do poder, da religião, nem usou a massa como moeda de troca política como vemos hoje...

* Alguém que era tão normal e simples que até o seu traidor precisou de um código - um beijo no rosto - para identificá-lo diante dos que o iriam prender. Não havia sobre ele, nenhum luminoso em "neon", banner, placa, cartaz,... ou adereço que o identificasse;

* Alguém que não precisava de andar de carro importado, ternos de grife, jóias ou outra porcaria para parecer importante ou valorizar quem era, e porque era quem era, quando falava ou fazia qualquer coisa, quem ele era ficava manifesto, distinguindo-o dos pilantras e espertalhões que exploravam a fé das pessoas da época;

* Alguém que diante do sofrimento do preço do ministério, confessou o seu medo, a vontade de "beber outro cálice" mas nunca lastimou ou queixou-se da escolha que fez em seguir em frente até a morte e morte de cruz;

* Alguém que, sendo quem era, não temia confessar as suas necessidades, como fez com a mulher samaritana e diante daqueles que dele zombavam na cruz, pedindo-lhes água;

* Alguém que humilhado, desprezado, não abriu a sua boca (como ovelha para o matadouro), nem ousou lançar no rosto de todos à volta, responsabilidade nenhuma aos quais que, cheios de culpa, deixaram o inocente que era, pagar toda a fatura;

* Alguém que fazendo caridade, milagres, curas e todo tipo de benefício aos pobres, desenganados, sofredores, desesperados, enfermos e marginalizados da sociedade, não os usava como fazemos hoje, para promover-se - nem a causa que defendia - pedindo que a ninguém, os beneficiados por ele, dissessem coisa alguma, mostrando que a sua preocupação era com eles e ninguém mais que eles;

* Alguém que nunca, em tempo algum, chamou para si privilégios, títulos, reconhecimento por feitos e conquistas, como fazemos hoje, ostentando cartões de visitas com quilos de peso com tantos adjetivos colados ao nosso nome. Não se auto-denominava coisa alguma, nem ousou por usurpação, ser igual a Deus, mas revelou-se (e apresentava-se) como o "filho do homem" e dirigia todas as glórias a Deus!

* Alguém que, buscava a Deus e a Ele se submetia integralmente, contra todos os apetites e conveniências próprias de ser homem. Não negou sua condição humana, mas mostrou como é que alguém, sendo homem, podia agradar ao Senhor.

* Alguém que, podendo viver à parte da "normalidade", ou levitar, viver nas alturas, desceu. Desceu até as partes mais baixas da terra. Para revelar simplesmente o que era: um homem. De carne e osso e coração!

Um homem, afinal, como Deus sempre desejou criar. Um homem segundo a imagem e semelhança do Pai.

E ai? Quem é o seu modelo?

quarta-feira, 24 de março de 2010

Eu não acredito em contos de fada

Um conto de fadas termina no beijo de um príncipe?


Cansei de gente vendendo finais de conto de fadas nos púlpitos. Talvez possamos ter finais felizes, mas “felizes para sempre"? Neste mundo?

Vivo no meio de gente que faz propaganda religiosa ao invés de evangelismo, sem se importar com a opinião do autor do mandamento.

Eles contam sobre a ressurreição de Lázaro, mas nem lembram que Lázaro teve que enfrentar a morte por duas vezes. Quem se aventura a passar por isso?

O perdão dado a Pedro o levou a uma cruz em X, onde morreu de cabeça para baixo. Conta a tradição que ele mesmo pediu isso, por se achar indigno de morrer como seu mestre. O martírio foi peça comum entre quase todos os discípulos. Houveram momentos inesquecíveis com Jesus? Claro! Foi exatamente esses momentos que os fizeram resistir até o fim em seus trágicos finais.

Davi, ainda garoto, é ungido rei de seu povo. Entre este dia e o dia que assume o trono, dez anos depois, nunca teve paz. E mesmo após este momento, quando já era rei, seus amores, filhos, amigos, sempre foram objetos de conflitos e dores.

Paulo, após ser escolhido como vaso pelo próprio Deus – com direito a show pirotécnico na estrada de Damasco – terá em seu histórico tantas prisões, espancamentos, chibatadas e no fim, a pena capital, dada por Nero: decapitação.

O Cristianismo se difere das outras crenças. Como nos lembrou C.S.Lewis, é a única crença que permite chamar Deus de Pai. Isso é exclusividade, mas também é a única que deixa suas criaturas, a quem ama tanto, matá-lo.

Diferente de tantos pregadores atuais, não usava seus milagres como fonte de marketing pessoal, nem tão pouco ensinava que viveríamos em um mundo a parte, um “mini-céu” com seres que, na forma atual, não poderiam povoá-lo. Que seres? Nós! No mundo tereis aflições, e não viver de conforto em conforto, de mansão em mansão, de iate em iate.

Nossa vida – cristã ou não – não oferece trégua:

Viveremos muitas despedidas, lidaremos com afetos se desbotando com o tempo. Receberemos ligações de madrugada com notícias terríveis. Falarão mentiras sobre nossa conduta. E o pior: passaremos grande parte de nossa existência nos imaginado melhores do que realmente somos.

Sabemos que costumeiros vencedores tem menor resistência à derrotas. Se a Palavra nos diz ser mais que vencedores, somos os que deviam saber lidar com os dois lados de um jogo: os que ganham e os que não ganham.

Por isso, Jesus se faz tão importante em nossa alma. Ele fala de construções com bases necessariamente firmes, sólidas, por que tempestades fazem parte das existências. Não apenas ensinamentos, mas Ele próprio se faz necessário nas entranhas de nossa vida.

Não creia que soluções temporais sejam a fórmula da felicidade. A paz que vai na alma daquele que encontrou a Cristo não é justificada pelas situações positivas em sua existência.

Você pode encontrar um desses seres, tranquilos, serenos, lúcidos, e depois saber que perderam um grande amor. “Eles”- que deveria ser "Nós" - não se explicam.

O que você não encontrará são estas ovelhas misturadas a bodes no dia que há de vir. A estes, o Cristo jamais dirá: “Afasta-te de mim, pois nunca te conheci...”

Zé Luís, editor do Cristão Confuso

sexta-feira, 19 de março de 2010

Não há VIP’s no Reino de Deus!

wind
Chegara a hora da triagem. De todos os que seguiam a Jesus, doze seriam escolhidos para serem Seus apóstolos. Logo no início, Pedro se destacou. Foi ele o portavoz dos demais ao confessar que Jesus era ninguém menos que o Cristo, o Filho do Deus vivo. Dentre a multidão que seguia a Jesus, uns diziam que Ele era João Batista, outros, Elias. Mas Pedro acertou na mosca. Ficava evidente que entre eles, os mais chegados, e os demais, abria-se um abismo. Pedro deve ter se sentido muito importante, a ponto de querer dissuadir Jesus de entregar-Se para ser crucificado. Porém, acertar uma vez não significa acertar sempre. Os mesmos lábios que disseram que não fora carne ou sangue que lho revelara que Jesus era o Cristo, também o repreenderam: Pra trás de mim, Satanás!

Dos dozes, Jesus separa três, Pedro, Tiago e João, e os leva para o monte. Lá assistem “de camarote” à transfiguração do Seu rosto e à aparição de duas das figuras mais importantes do Antigo Testamento, Moisés e Elias. Devem ter se sentido mais importantes do que os nove que ficaram lá embaixo. E pra completar, Jesus lhes pede sigilo absoluto. Estavam proibidos de contar aos demais o que haviam presenciado. Portanto, dentre os doze, eles se sentiam os VIP.

Quando descem do monte, deparam-se com uma inusitada cena. Os nove preteridos passavam o maior vexame tentando exorcizar um rapaz. O pai, disiludido, vem ao encontro de Jesus reclamando que Seus discípulos eram incapazes de libertar seu filho. “Ó geração incrédula e perversa!”, exclama o Mestre. Que vergonha! Os três seletos devem ter imaginado: Agora sabemos porque fomos preferidos e eles preteridos. Se eles não podem expulsar um demônio, que condição teriam de ver o que vimos?

A língua estava coçando… porém não podiam contar aos demais o que acontecera lá em cima.

De repente, Jesus percebe uma discussão em voz baixa. Quem, dentre os doze, seria o mais importante? Quem teria a primazia sobre os demais? Para encerrar a discussão idiota, Jesus toma uma criança, e diz, dirigindo-Se a eles:
“Qualquer que receber esta criança em meu nome, recebe-me a mim; e qualquer que me recebe, recebe o que me enviou. Pois aquele que entre vós todos for o menor, esse é que é grande” (Lc.9:48).

Bem que poderiam dormir sem essa! Mas Jesus não podia desperdiçar a oportunidade de lhes dar uma importante lição acerca de como as coisas funcionam no Reino de Deus, onde a ordem é subvertida, e o maior é aquele que serve aos demais, e não aquele que se serve deles.

No Reino não existem VIP’s! Não existe discípulo de primeira classe e discípulo da classe econômica. Por maior que tenha sido a experiência que tivemos, não nos confere o direito de nos servir dos outros e nos alavancar às primazia sobre eles. Quem viu o rosto de Jesus transfigurar não é mais importante do que os que ficaram lá embaixo amargando a experiência de não conseguir expulsar um demônio. Quem fala em línguas não é mais importante do que quem não fala. Quem profetiza não tem primazia sobre quem não o faz. Quem ostenta um título não deve valer-se dele para exercer domínio sobre os demais.

Parecia que a discussão terminara. Embora tenham se silenciado, esperaram a ocasião oportuna para deixar emergir a mesma questão, ainda que de maneira velada. E a primeira oportunidade surgiu imediatamente.

João, um dos três VIP’s, disse: “Mestre vimos um homem que em teu nome expulsava demônios, e nós o proibimos de fazer isso porque não segue conosco” (v.49). Era como se João quisesse dizer: Senhor, tem um cara que não pertence ao nosso círculo, mas consegue o que nossos colegas aqui não conseguiram. Ele expulsa demônios em Teu nome. Percebe a ironia?

Além de dar uma implicada com os outros nove, João insinua que o direito a expulsar demônios era uma exclusividade dos doze. Quanta ousadia querer o monopólio do nome de Jesus! Para a surpresa de todos, Jesus respondeu: “Não o proibais, pois quem não é contra vós é por vós” (v.50).

Ser escolhido de Deus não significa ser preferido. Onde houver preferidos, haverá também preteridos. Ele usa a quem quer, onde quer, e como quer. Cristo jamais esteve limitado aos doze, nem aos setenta enviados posteriormente, nem mesmo à igreja. Ele não assinou contrato de exclusividade com quem quer se seja. E se houver alguém usando Seu nome para além de nossos arraiais eclesiástico, isso deveria nos causar júbilo em vez de consternação. O escopo do Espírito Santo não está circunscrito aos limites denominacionais ou doutrinários. Ele soprar aonde quer, e ninguém fica sabendo de onde veio, ou pra onde vai.

O assunto ainda não se encerrara. Decidido a ir para Jerusalém, onde deveria sofrer e ser crucificado, Jesus “mandou mensageiros adinate de si, os quais entraram numa aldeia de samaritanos, para lhe prepararem pousada; mas não o receberam, porque viram que ele ia para Jerusalém” (vv.52-52). Acho que não preciso discorrer aqui sobre a animosidade recíproca que havia entre judeus e samaritanos. Pelo visto, os samaritanos não tinham nada contra Jesus. Numa outra ocasião, sairam ao encontro d’Ele, depois de ouvirem dos lábios de uma mulher que talvez Ele fosse o tão esperado Messias. Porém, quando souberam que ali seria apenas uma rápida escala para Jerusalém, recusaram hospedá-Lo. Aquela era a deixa tão esperada pelos irmãos Tiago e João, dois dos VIP’s do Monte da Transfiguração.
“Os discípulos Tiago e João, vendo isto, perguntaram: Senhor, queres que mandemos que desça fogo do céu e os consuma, assim como fez Elias?” (v.54).

A sugestão deles fazia todo sentido. Afinal, quem eles haviam visto lá em cima em conferência com Jesus? Moisés e Elias. Quem mal haveria em tomar um dos dois como referência numa situação daquela? O que faria Elias?

O que eles haviam se esquecido é que o esplendor do rosto de Jesus foi tamanho que ofuscou a presença dos dois profetas. E a voz que bradou do céu disse: Este é o meu Filho, a Ele ouvi! Portanto, nem Moisés nem Elias, ou qualquer outro personagem bíblico nos serve de referência absoluta. Somos discípulos de Jesus, não de Elias, Eliseu, Samuel, Gideão, Davi ou qualquer outro. Todos eles tiveram sua importância na execução dos propósitos divinos. Porém, seu brilho foi ofuscado pelo esplendor da face de Cristo. Todos eles tiveram virtudes e vicissitudes, erros e acertos. Porém em Cristo encontramos a perfeição. Todos foram esboços, imagens de Deus maculadas pelo pecado, mas em Cristo encontramos a “imagem do Deus invisível” (Cl.1:15), a “expressão exata do Seu Ser” (Hb. 1:3).

Tiago e João esperavam receber um elogio de Cristo, ainda que não acatasse sua sugestão. Em vez disso, foram repreendidos: “Vós não sabeis de que espírito sois, pois o Filho do Homem não veio para destruir as almas dos homens, mas para salvá-las” (vv.55-56).

Se fosse Elias naquela situação, não hesitaria em ordenar que descesse fogo do céu e consumisse aqueles samaritanos ingratos e profanos. Se fosse Eliseu, talvez ordenasse que fossem devorados por ursos. Se fosse Moisés, talvez lhes enviasse pragas. Se fosse Davi, quiçás lhes enviasse tropas para dizimá-los. Mas em se tratando de Jesus, não se poderia esperar outra coisa que não fosse perdão.

No Reino de Deus não há lugar para rivalidade, nem para exclusividade, nem para revanchismo. O Reino de Deus funciona à base de amor, perdão, cooperação e comunhão. Deus não tem favoritos. Deus tem escolhidos em prol de todos.

Hermes C. Fernandes

quinta-feira, 11 de março de 2010

A religião de circunstância

A forma de culto que o rei Saul prestava à Deus não foi agradável, tendo sido este o principal motivo da sua rejeição, isso mostra-nos que nem todos os sistemas de culto agradam a Deus.

O profeta Samuel advertiu à Saul que forçado pelas circunstâncias ofereceu holocausto, (I Samuel 13:12-13) O texto mostra-nos uma atitude de quem pratica religião por circunstância.

A historia mundial é repleta de modelos desta forma de religião. No século XIII a Igreja Romana impôs um tribunal com plenos poderes para perseguir e condenar as pessoas que se mostrassem contrarias às suas doutrinas consideradas oficiais.

A inquisição adotou os mais violentos métodos, que iam desde tortura a morte na fogueira. Muitos, temendo a tal violência e para escapar da morte, faziam falsas confissões e aceitavam a religião imposta. Os "convertidos" passavam a ser chamados de "cristãos novos" era uma religião de circunstância.

Toda sociedade conhece a história da escravidão que milhões foram considerados como sub-humanos e viveram sujeitos a tratamentos desprezíveis, com tudo, muito contribuíram para a economia e cultura dos países. Por mais estranho que pareça os seus Senhores achavam por bem impor a sua religião aos escravos. Os escravos segregados até podiam assistir a missa, isso após conduzirem os seus Senhores em liteiras carregadas aos ombros. Era uma religião de circunstância.

Houve um período em que me apegava a "religião de meus pais" não por que tivesse qualquer convicção religiosa, mas, por que julgava meu dever guardar uma tradição. Seguia assim a religião por circunstância.

A qui no Brasil houve uma época que os funcionários públicos eram convocados para assistirem as cerimônias religiosas da religião "oficial" em determinadas ocasiões. Sua presença era exigida sob pena de sofrerem severas represálias. Quantos sacrificaram a sua consciência para não perderem um lugarzinho no emprego público!Tais cerimônias eram uma religião de circunstância.

A religião que praticamos apenas para agradar aos pais, a esposa, ao marido, aos avôs... Não passa de uma religião de circunstância. A religião que seguimos apenas para satisfazer caprichos de quem quer que seja é uma religião de circunstância. Ela pode até agradar aos homens, mas nunca a Deus.

A genuína religião tem de ser pessoal, de coração e espontâneo. É a religião que tem Jesus como tema principal por que só Ele é o caminho a verdade e a vida. No amor de Cristo.

Pr. Cícero

terça-feira, 9 de março de 2010

Apenas uma Piada!!!

Dois cristãos estavam sobrevoando a cidade, quando o que está na janela diz:

- Eu tenho um dom diferente sabia?
- É mesmo? Indaga o outro.
- E qual seria este dom?
- Eu consigo por a mão para fora do avião e saber sobre qual igreja estamos sobrevoando.
- Serio?Isto é fantástico!!!
- Então me mostre.

O companheiro põe a mão e logo afirma:

- Assembléia de Deus.
- Como você sabe? Retruca o irmão.
- Senti a oração dos assembleianos! Fervorosa…
- Que legal! faz de novo!!!
- Ok, agora estamos sobre a Batista.
- Incrível! Como sabes?
- Senti o doce embalo do louvor dos Batistas.
- Novamente, isso é incrível…

O irmão colocou mais uma vez a mão para fora do avião e depois de alguns segundos, retorna-a para dentro cabisbaixo e assustado.

- E agora Irmão?
- Acabamos de sobrevoar a Universal do Edir Macedo!!!
- A é? E como sabes?
- Pegaram meu relógio, minha aliança e meu anel!!!


Carlos Roberto Martins de Souza

segunda-feira, 1 de março de 2010

1ª Epístola de Paulo Aos BRASILEIROS

Uma carta de Paulo à Igreja Brasileira. Como precisávamos desta epístola!


1ª Epístola de Paulo Aos BRASILEIROS - Cap. 1


Prefácio e Saudação

Paulo, apóstolo, não da parte de homens, mas por Jesus Cristo e por Deus Pai, a todos os santos e fiéis irmãos em Cristo Jesus, que se encontram em terras brasileiras, graça e paz a vós outros.

Exortações à Igreja

Rogo-vos para que não haja partidos entre vós. Mas vejo que é isso que está ocorrendo, pois uns dizem: eu sou de Malafaia; outros, de Macedo; outros, do Soares; outros de Feliciano; Quem é Malafaia? Quem é Soares? Quem são eles? [1] Por acaso Cristo está dividido? Não são neles que devemos postar nossos olhos, mas em Cristo, o único que morreu por nós.

Vejo que ainda sois meninos na fé quando o propósito de cada um é só buscar bênçãos para si, visando os próprios interesses e não o interesse do Corpo. Digo-vos que a maior benção já vos foi concedida na cruz quando fostes resgatados da morte e das trevas. Agora, aprendam a viver contentes e dar graças a Deus por tudo [2] .

Sinais e Prodígios

Assim como os judeus pediam sinais em minha época [3], há muitos que só pensam em prodígios e maravilhas: fazem correntes e marcam hora para as curas se efetuarem, e eu já havia advertido aos seus irmãos de Tessalônica que tão somente orassem o tempo todo, [4] pois apenas Deus é quem sabe a hora de atender. Eu mesmo deixei Trófimo doente em Mileto, [5] o amado Timóteo foi medicado enquanto esperava o Senhor curar sua gastrite, [6] e Epafrodito adoeceu mortalmente chegando às portas da morte [7]. Por que entre vós no Brasil seria diferente?

Outras admoestações

Estão fazendo rituais para amarrar demônios e declarar que as cidades do Brasil são do Senhor Jesus. Nunca vistes isso em mim e em nenhum momento em Cristo. Pelo contrário, preguei o evangelho em Éfeso, mas a cidade continuou seguindo a deusa Diana. No Areópago de Atenas riram e zombaram de minha pregação, e poucos aceitaram a palavra do evangelho; como eu iria dizer que Atenas era do Senhor Jesus? Em Corinto, a prostituição continuou a dominar a cidade, e em Roma, as orgias e as dissoluções da família até se intensificaram no decorrer dos anos. Dizer que Roma pertencia ao Senhor Jesus seria uma frase que levaria ao engano os poucos irmãos verdadeiramente convertidos.

Na verdade muito me esforcei e fiz de tudo para ver se conseguia salvar a alguns [8]. Nunca ensinei a reivindicar territórios, mas tão somente orava a Deus que me abrisse uma porta para pregar a Palavra [9] .

Cuidado com os falsos apóstolos

Há muitos homens gananciosos aparecendo no meio de vós no Brasil dizendo que são apóstolos e criando hierarquias para exercer domínio uns sobre os outros, coisa que nunca aceitei. Porque tanta preocupação com títulos? Por que ninguém se contenta em ser chamado simplesmente servo? Pois é isso é o que realmente importa. Saibam que há muitos obreiros fraudulentos transformando-se em apóstolos de Cristo [10].

Já vos advertira que depois da minha partida, entre vós penetrariam lobos vorazes que não poupariam o rebanho de Cristo [11], vós não lembrais disso brasileiros?

Sobre os dons espirituais

Soube que muitos estão preocupados com os dons. É verdade que eles são importantes, mas o Espírito concede a cada um conforme melhor lhe convém [12]. Tenho percebido que valorizam principalmente os dons sobrenaturais – como falar em línguas, visões, curas e revelações – e esquecem-se que ensinar bem as Escrituras, administrar com zelo as coisas de Deus e promover socorro aos necessitados também são dons espirituais [13].

Mas o que eu quero mesmo é que estejais buscando para suas vidas o fruto do Espírito. De nada adianta ter fé suficiente para curar pessoas, transportar montes e expulsar demônios se ficais devorando uns aos outros, [14] se não têm amor, se provocam rixas e intrigas entre si e dão mau testemunho.

Ofertas ao Senhor

Quanto às ofertas e sacrifícios, já falei por carta: no primeiro dia da semana cada um separe segundo sua prosperidade [15]. Nunca fiz leilão de bênçãos do Senhor, desafiando o povo a ofertar começando com 10 moedas de ouro até chegar ao que tinha um denário. O único sacrifício aceitável por Deus já foi feito na cruz pelo seu Filho Jesus, entendais isto brasileiros.

Quando Deus me der oportunidade de visitar-vos quero conhecer os que estão se enriquecendo com o Evangelho e enfrentar-lhes face a face. A piedade jamais pode ser fonte de lucro [16] e se continuarem nessa sórdida ganância haverão de sofrer muitas dores [17].

A busca da verdadeira maturidade

É imprescindível que manejem bem a Palavra, pois chegou ao meu conhecimento que esta é uma geração tão ignorante nela que estão sendo enganados por lobos vorazes, que trazem enganos e sofismas, e a esses, de boa mente, os tolerais [18]. Lembrem-se que quando preguei em Beréia o povo consultava a Palavra para ver se as coisas eram de fato assim [19]. Porque não fazeis vós o mesmo? Ora, os ardis de satanás vêm sempre disfarçados na pregação de um anjo de luz [20].

Vejo que entre vós há muitos acréscimos e deturpações daquilo que falei. Admoesto-vos a que não ultrapasseis o que está escrito [21] .

As saudações pessoais

Rogo-vos, irmãos, que noteis bem aqueles que provocam divisões e escândalos; afastai-vos deles, porque esses tais não servem a Cristo, e sim a seu próprio ventre [22], seus próprios interesses. Em breve vos vereis.

A bênção

A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós do Brasil [23].



Original do autor Daniel Rocha em Metodista 2007 ; Vi em Buscai o Reino.

REFERÊNCIAS [1] - 1Co 3.5 [2] - Fp 4.11; 1Ts 5.18 [3] - 1Co 1.22 [4] - 1Ts 5.17 [5] - 2Tm 4.20 [6] - 1Tm 5.23 [7] - Fp 2.27-30 [8] - 1Co 9.22 [9] - Cl 4.3 [10] - 1Co 11.3 [11] - At 20.29 [12] - 1Co 12.7 [13] - Rm 12.7-8 [14] - Gl 5.15 [15] - 1Co 16.2 [16] - 1Tm 6.5 [17] - 1Tm 6.10 [18] - 2Co 11.4 [19] - At 17.11 [20] - 2Co 11.14 [21] - 1Co 4.6 [22] - Rm 16.17-18 [23] - 2Co 13.13