O temor incontido de
perder a vaga ou o prestígio tem levado à ruína muitas pessoas que ocupam
cargos de liderança e outros tantos maior de gente que estão sendo liderada.
Nem a liderança evangélica está imune a tamanho perigo. Quem não sabe
reconhecer suas próprias limitações e tentar supera-las pode se tornar um
“assassino de talentos”, alguém que procura destruir todos quantos estão à sua
frente em termos de talentos, habilidade, competência. E um líder desconfiado e
inseguro, mesmo dentro da igreja, pode ser uma desgraça para o grupo.
Qualquer pessoa que
aspira exercer alguma função de liderança numa igreja séria precisa entender,
desde cedo, que na comunidade de fé que está sobe sua liderança, pode ter
alguém que prega, ora, canta, ensina, toca, administra melhor. E isso não
necessariamente ruim. Pode ser uma benção a igreja, basta que o líder o veja
não como rival, mas como um parceiro na manutenção e expansão do Reino de Deus!
(1 Co 1. 10-12; 3. 1-9).
Outra lição a ser
aprendida é que ninguém fica para sempre. Por melhor que seja o líder, cedo ou
tarde alguém vai assumir o seu lugar! Seja por “livre iniciativa”, seja por
outras razões.
Sábio era Moises que
soube reconhecer quando já era o tempo de “passar a tocha”, de transferir a
missão para outro homem de Deus (Dt 31.1-8); ele disse: “já não posso mais sair
e entrar” (v. 1). Saiba, então, identificar a hora exata de entra na arena e a
de sair; reconheça que o bom combate chegou ao fim e a fé foi preservada.
Saul é exemplo do
líder que, mesmo rejeitado, procurou manter o trono a qualquer preço. É o
protótipo de líder que teme a competição e faz de tudo para assegurar seu
lugar. Ele sabia que Deus o havia rejeitado e que Davi, embora jovem e
inexperiente, seria o novo líder de Israel; seu tempo havia terminado naquela
função.
Saul, porém, jamais
quis se afastar da “cadeira real”. Queria ser líder e não liderado, rei e não
súdito, por isso, ao invés de preparar seu substituto, preferiu matá-lo. Sua
atitude insana quase tirou de Israel a chance de ser liderado pelo melhor e
maior de todos os monarcas do Antigo Testamento!
Até os apóstolos
foram vítimas desse mal. Dominados pela inveja tentaram barrar o ministério de
libertação se um anônimo que expulsava demônios; viram-no como rival, um
competidor, não como um aliado; já que não fazia parte da elite apostólica
deveria parar. Jesus refutou, com termos rígidos, tal atitude (Mc 9. 38-41).
Pr.
Rodrygo Gonçalves
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CHAGAS, José Roberto O. Curso de capacitação Teológica. Editora
Kenosis, 2011
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MARTINS, Luiz A. Socorro! Preciso de motivação. São Paulo: Harbra, 1995.