O pós-modernismo, o
secularismo, o relativismo, e o pluralismo representam perigos tanto à
propagação quanto à vivência autêntica da Palavra de Deus nesses dias
turbulentos. Logo, a preocupação com as questões internas das próprias igrejas
evangélicas não devem ser menor, muito menos desprezadas, como se não tivesse
importância alguma.
É muito fácil
relacionar vasta quantidade de ameaça interna que rondam a Igreja no Brasil. Os
pressupostos dos referidos movimentos podem ser vistos em livros cristãos,
jornais, revistas, programas de radio e televisão, etc., e o que é pior, no
padrão de vida dos fiéis.
A própria igreja, em
vários aspectos, tem seguido os pressupostos da sociedade pós-moderna. A
pluralização, isto é, a expressão da liberdade de opção das pessoas frente à
ilimitada oferta de produtos e ideias, faz cada vez mais adeptos entre o povo
de Deus.
A privatização também
tem galgado seu espaço, haja vista que preconiza que a criatura humana é livre
para fazer o que bem entende. Outro perigo envolvendo a interpretação e
aplicação bíblica é a sedução das cifras.
E a mesma, de alguma forma, está ligada ao pluralismo.
O numericismo
megalomaníaco parece ter se tornado uma prova cabal para legitimas o êxito da
liderança e da igreja. Vale tudo para ter cifras: transforma culto em show, igreja em empresa, crente em
cliente, sacerdócio em negócio, vocação em profissão, VERBO em verba, caráter
em carisma... Não é sem motivo que Eugene Peterson em seu livro “Um pastor
segundo o coração de Deus” compara muitos pastores a meros gerentes de lojas!
De
fato, o vergonhoso mercado religioso
do sensacionalismo, do imediatismo e consumo da fé tem ditado nossos conteúdos,
redesenhado nossas motivações e metodologias e adulterado nossa pregação
afastado-a da Palavra. O clima de competição/concorrência nas instituições
eclesiásticas, diz o Dr. Zabatiero, favorece a mudança de motivação religiosa
do povo.
Pr.
Rodrygo Gonçalves
o
Chagas, José Roberto O. Curso de capacitação Teológica. Editora
Kenosis, 2011
o
Souza, Luís Wésley. “Uma igreja sem o propósito da pureza e da
santidade”. In: BARROS, Jorge H., op. Cit., p. 94.
o
Zabatiero, Júlio P. T “Novos desafios da leitura bíblica
contemporânea”. In: Kohl, M.W & Barros, A. C, (orgs). Ministério pastoral trans formador.
Londrina: Descoberta, 2006, p. 13.
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